No início de dezembro de 2010, uma notícia muito triste nos chamou a atenção:
O estudante Amilton Loyola Caires matou com uma facada o professor universitário Kassio Vinicius Castro Gomes, de 39 anos. O crime aconteceu na noite de 07 de dezembro, no Centro Universitário Metodista, dentro do Colégio Izabela Hendrix (instituição particular) no bairro de Lourdes; área nobre de Belo Horizonte.
O assassino. que estava no 5º período de educação física, tem 23 anos e foi preso pela Polícia. Na Delegacia, confessou o assassinato do professor universitário e alegou ter feito isso por ser perseguido pelo professor.
Mas, o que chama a atenção não é a notícia e sim suas verdadeiras “razões”.
O aluno matou o professor por ter sido reprovado e segundo o Delegado de Polícia:
“Ele alega que esse ato de fúria foi uma decorrência de um atrito que ele já tinha com esse professor, que faria perseguições diversas à pessoa do mesmo”
A escola divulgou uma nota, eximindo-se de suas responsabilidades:
“Estamos certos de que esse foi um episódio isolado, sendo uma instituição confessional e centenária, onde o ambiente sempre foi marcado pela harmonia, a paz e a fraternidade. Por uma questão de filosofia educacional, a instituição mantém livre o acesso aos espaços universitários. Conta com uma equipe com 52 vigilantes e 53 câmeras de circuito interno de TV, com vistas a oferecer segurança aos seus alunos, professores e demais funcionários”
Mas, segundo os relatos de outros estudantes desse colégio, o assassino estava na faculdade há cerca de um ano, mas não conversava muito e já tinha sido expulso de outra faculdade após agredir um professor.
Então, dada a gravidade do caso e da completa inversão de valores que lidamos diariamente nas escolas (cada vez mais institutos de assistência social, e nada mais…), resolvemos divulgar essa notícia e o desabafo do professor universitário Igor Pantuzza Wildmann, disponibilizado por Graça Fontanelli como comentário ao artigo “Um caminho para a educação que precisamos”.
TAÍ A PURA REALIDADE DO ENSINO DE HOJE…
J’ACCUSE!
(Eu acuso!)
(Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes)
“Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice”. (Émile Zola)
Meu dever é falar, não quero ser cúmplice. (…) (Émile Zola)
Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante foi ter que… estudar!).
A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro.
O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.
Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo de convivência supostamente democrática.
No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”. Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está pagando…
E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter conhecimento é ser ‘crítico’.”
Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno – cliente…
Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”.
Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.
Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal ao autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:
EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;
EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta dos oprimidos”e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;
EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;
EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para “adequar a avaliação ao perfil dos alunos”;
EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;
EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;
EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual, finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;
EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;
EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito” de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;
EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “ nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;
EU ACUSO os “cabeça – boa” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito;
EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;
EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição;
EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;
EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores;
Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos – clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia.
Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de “o outro”.
A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”
Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.
Igor Pantuzza Wildmann
Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário.
Falar mais o que, esse comentário do prof. Wildmann diz tudo. Sinto muito pela educação, que poderia ser melhor, sinto muito pela família do professor Kássio.
Cada professor vítima da violência de seus alunos, seja fatal ou não, é mais um vitimado pela sociedade corrompida, sem respeito a vida, sem moral, enfim, sem valores e que se impregnou e corrompeu a família, que é aonde tudo deveria começar, ou seja, uma família sem estrutura, refletirá as consequências no seio da sociedade, imagine várias famílias assim?
Cada jovem desestabilizado, pelas drogas, abusos ou violência cometidos contra ele, ou até mesmo por ser despreparado para a vida, se achando acima do bem e do mal, sem limites, é um perigo iminente e em potencial para os outros alunos e para os professores.
O Professor Kassio Vinicius Castro Gomes é mais um vitimado pela sociedade corrompida sem respeito a vida, sem moral, enfim, sem valores e que se impregnou e corrompeu a família….
O pai do prof. Kassio foi assassinado do mesmo jeito no mesmo ano.
Mais dos detalhes do fatos, discutir de educação, segurança etc., meu interesse é para a pessoa:
deixa de ser terrícola, se torna galático, então eu comunico também com ele e vice-versa.
Do mesmo modo que tantas pessoas se comunicam com seus santos, nas casas de oração na cidade e além.
Santa Theresa de Lisieux: quando vai morrer, mamãe? Expressava o desejo da santa que mamãe morresse logo, para “viver no ceu” – quem lá está, eu chamo galático.
Vocês nao sentem um certo nojo em repetir todo dia/ semana/ ano o mesmo? O próximo carnavel ainda interessa? Nao têm vivido outros. Há algo + interessante a viver!!
Acredito também, que além da falta de limite dos filhos, há falta de interesse dos pais de se impor perante os filhos, em dizer não, pois é mais fácil dizer sim e não se aborrecer do que dizer não e escutar desaforos dos filhos. Pais permisivos = a filhos sem limites, etc. A falta de interesse dos pais em participar das reuniões de seus filhos na escola, em olhar os cadernos, em corrigir o que está errado, seja na vida escolar, familiar, entre outros, traz consequencias negativas para formação do caráter. A família deixa cada vez mais a educação de berço… a cargo dos professores e da escola como um todo, esse não é exatamente o papel da escola, ela apenas orienta. Quando acontece de um pai ser chamado na escola, ele muitas vezes não quer saber o que o filho fez, e já vai logo acusando a escola, muitas vezes defende o filho, dando razão a ele ao fato acontecido e dando ao filho mais motivos para crescer sem limites e sem respeito para com os que o cercam. Fico indignada com coisas que vejo.
o que falta no Brasil, é vontade politica e Deus no coração das pessoas, resumo todas essas fatalidades seja ela da educação ou não a essas paradigmas.
A culpa é do sistema sim. Não está certo matar por esse motivo, mas existe uma grande chance do professor não estar preparado ou/e ter ofendido o aluno. Essas coisas são corriqueiras.
Leoni, a sociedade em que vivemos tem uma moral (judaico-cristã) que reproduz o sistema.
É a ordem social que determina as relações familiares e não o contrário. Não tem nada que garanta que o aluno tenha boa índole ou comportamento por sua família estar estruturada ou não. Culpar a família ou os pais é, além de simplista, moralismo barato.
Já passou da hora das pessoas pararem de apenas denunciar os culpados. Devemos propor maneiras de fazer justiça de verdade, que não virá por obra divina. Só a nossa união na rua, na passeata, na greve, no piquete que pode garantir qualquer mudança na estrutura social.
Nesse mundo não todos somos vítimas e culpados.
AMIGOS! ME DESCULPEM! SEI QUE AQUI NÃO É O ESPAÇO IDEAL PARA ESTE TIPO DE PERGUNTA MAS SE ALGUÉM PUDER RESPONDER, AGRADEÇO! MEU MARIDO PRESTOU ENEM E EM CIÊNCIAS DA NATUREZA ELE TIROU 361.5, NAS OUTRAS PROVAS ELE OBTEVE MÉDIAS 400, 500 E 600. ELE PODE PEGAR O CERTIFICADO DE CONCLUSÃO DO ENSINO MÉDIO?
A novela Passione, que terminou, cumpriu, e superou em muito a promessa da Rede Globo de ressaltar temas de importância social.
Em Passione, o autor teve o cuidado de transmitir importantes valores familiares e sociais, chamando a atenção para problemas atuais do Brasil. Entre as sutís mensagens transmitidas nessa espetacular obra literária, temos que:
* A familia rica, não importa o quanto seus membros sejam depravados, vencerá todos os desafios.
* Quem se cuida na gravidez morre.
* A débil mental rica conquista o galã da novela e amor de sua vida.
* A débil mental pobre conquista o pedófilo rico.
* A Policia forja até enterro para obter provas.
* O viciado em crack pobre, irmão de Caroline Dieckman na novela, sequer aparece.
* O viciado em crack rico é reabilitado.
* Quando um rico drogado esfaqueia o vigia de prédio não dá em nada.
* Quando a pobre esfaqueia o milionário, ela vai presa.
* Os ricos tomam café da manhã.
* Os pobres tomam.
* Italianos são só românticos e não trabalham, vivem de golpes ou lucros milagrosos, chifram todo mundo e mentem pra conseguir tudo.
* A Justiça não funciona, e condena inocentes por homicidio.
* Advogados de ricos tiram qualquer um da cadeia. A Beth Gouveia podia liberar o Gianecchini da cadeia caso ele lhe contasse alguns segredos.
* Ninguém precisa trabalhar, todos podem ficar dentro de casa o dia todo transando ou tramando golpes.
* Se possível, namore a mãe e filha, lucre em dobro.
* Todos os membros de uma familia devem transar com todos os outros.
* Duas mulheres aceitam perfeitamente o casamento com um homem só, basta que uma o tenha de segunda a quarta, e a outra de quinta a domingo.
* Quem mata e rouba termina vivendo em um paraiso no Caribe.
Na mesma linha, já nos primeiros episódios, a Globo infiltrou um transformista sexual na casa do Big Brother, sem avisar aos outros participantes de que essa pessoa não é uma mulher, de modo a reforçar a luta contra a homofobia. Pedro Bial, sempre sorridente, feliz e extremamente simpático, curtirá bons momentos com a cara dos participantes, que não sabem a trama que os espera.
No fim, vale a pena pois o prêmio de um milhão e meio de Reais certamente indenizará a dignidade dos participantes. Não perca mais esse trabalho social da Rede Globo, já na telinha da TV, todos os dias após a nova novela das 9 onde a madrinha de casamento já está cometendo adultério com o noivo da amiga como forma de promover a luta social contra o adultério pré-nupcial.
Responsabilidade social, a gente vê por aqui ! Assim se esta reformando a sociedade brasileira??!!!…..
Carlos
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk realmente kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
a onde vamos chegar mais ainda, porque o fim do posso já estamos.
Olá Roberta!!!
Olha acredito que sim. Mas é bom vc procurar o Mec – Ministério da educação – veja na internet o telefone de atendimento deles e procure também a escola onde seu marido estudou. Eles devem te informar com mais detalhes. Ok.
Carlos,
tomei a liberdade de copiar o texto do seu post. Espero que haja problema!
não haja
Mariana Mandelli – O Estado de S.Paulo
Indicação política influencia nomeação de diretor em 42% das redes de ensino
Escolha em 10 Estados, baseada em critério que pode não atender aos interesses da comunidade, é criticada por educadores; pesquisa da Fundação Victor Civita também mostra que governo de São Paulo é o único a realizar concurso para selecionar gestores.
Quase metade das redes estaduais de ensino do Brasil utiliza a indicação política como um dos métodos para selecionar os diretores de suas escolas. É a segunda forma de seleção mais utilizada – a primeira é a eleição…
Complementando a notícia, se todos os diretores, vice e coordenadores tivessem seus cargos concebidos através de concursos sobrariam vagas para admissão de professores.
É irreal a situação, pois o professor elevado aos cargos citados sem concurso, apenas por nomeação, ao perderem o mesmo tem seus cargos de professor devolvidos e os temporários que ocuparam essas vagas perdem as suas aulas.
Deve haver reformulação nesse ponto, SP pode até ser o “único que faz concurso”, mas não é clara e viável a situação que ocorre no estado.
No Brasil a maldade e malandragem é motivo de orgulho para uma grande maioria. Maldade e malandragem são aceitas sem o menor respeito ao ser humano. Bandido se tornou vítima e ainda recebe salário, estudante se tornou algoz, ser humano honesto se tornou alvo de críticas e piadas, e o malandro se tornou um padrão e um modelo de conduta para as crianças e adolescentes que cometem delitos apoiados pela impunidade, pelas emissoras de televisão que ensinam e propagam traição, pelos políticos e dirigentes deste lugar que ainda é chamado um país de ordem e progresso, dirigentes estes, que se alimentam do trabalho dos cidadãos honestos e trabalhadores e ainda se trepudiam com nossas dificuldades. Estes dirigentes que mostram todos os dias, roubos, corrupção, crimes, falta de caráter, malandragem e vários outros adjetivos negativos que compõem a face deste lugar que internacionalmente é visto como o país da promiscuidade, da ignorância, do carnaval e do futebol. Essa é a nossa cara. E ainda existem os que assistem tudo isso e dizem, o Brasil sim é um país onde o povo é feliz, alegre, receptivo. Talvez seja, pois ainda é o país da falta de informação, da falta de cultura, da falta de dirigentes e políticos dígnos e íntegros, da falta de escolas, hospitais, boas universidades onde se ensinam valores e não vícios. Infelizmente este é o lugar que chamamos Brasil e que na bandeira se mostram as palavras Ördem e Progresso”